sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O RETORNO DE ULISSES Á SUA PÁTRIA

Ler o livro Odisséia está sendo muito agradável. As leituras são apresentadas por grupos que lêem capítulos diferentes, e com as dinâmicas de apresentação sugeridas pela orientadora Rúbia Maargarete, eu consigo compreender com mais facilidades a história.

A história do capítulo XVI em que Ulisses reencontra seu filho Telêmaco deixou-me muito emocionada, pois, até aqui foram somente tribulações enfrentadas por Ulisses no mar venoso, em que o seu desejo era simplesmente voltar para sua terra pátria. Durante a leitura fui vivendo cada passo de Ulisses, e no reencontro, emocionei-me ao ver a grande alegria que pai e filho sentiram ao estarem juntos novamente depois de 20 anos sem notícias um do outro.

RAPSÓDIA XVI

Ao raiar da aurora, Telêmaco chega à choupana do porqueiro Eumeu, ao se aproximar os cães logo o rodeiam mostrando satisfação. Ulisses percebe as carícias dos cães e suspeita ser um conhecido do porqueiro.
Ao ver Telêmaco, o porqueiro fica pasmo, pois não o via na choupana há 10 anos quando foi em busca de notícias do seu magnânimo pai, na cidade de Pilo.
Telêmaco entra na choupana e ver Ulisses sentado, este se levanta para dar lugar ao filho que não lhe reconhece devido a aparência de pedinte em que apresentava para que ninguém soubesse do seu retorno.
O porqueiro apresenta o estrangeiro a Telêmaco e diz ser natural de Creta, enfrentou inúmeras tribulações no mar, percorreu inúmeras cidades de mortais até que chegou a choupana.
Na conversa com Ulisses, Telêmaco fala da sua tristeza em seu pai tê-lo deixado sozinho no palácio sem ao menos conhecer o seu valor, e que há muito tempo o palácio é invadido por inimigos que pretendem a sua mãe e consomem todo seu patrimônio. Neste momento pede que o porqueiro avise a sua mãe da sua chegada, mas que ninguém mais saiba, pois muitos tramam a sua morte.
Atena aparece para Ulisses e longe do filho dá-lhe uma outra aparência, diz ter chegado a hora de revelar-se para Telêmaco e combinar com ele a destruição dos pretendentes.
Ao ver o pedinte com a aparência de um deus, Telêmaco demora de acreditar que ele seja seu magnânimo pai. Depois da revelação de Ulisses, os dois se abraçam e choram, choram, choram, tanto, que seus soluços eram mais lancinantes que os gritos das águias ou abutres de recurvas garras.
Ulisses conta que está de volta graças à deusa Atena que o protegeu de todos os males atribuídos a ele vagando no mar e em terras longínquas, durante vinte anos longe de sua pátria. E que agora, juntos e sob a proteção de Zeus e Atena eles precisam planejar a destruição dos que invadem sua morada.
Ulisses planeja ir ao palácio disfarçado de pedinte.
Quando a notícia do regresso de Telêmaco chegou ao palácio, os pretendentes não gostaram e também não compreenderam como Telêmaco havia escapado da vigilância que seus homens montavam no mar. Anfínimo e Eurímaco fingiam a Penélope que estavam alegres com o retorno do seu filho, e não desejavam sua morte, no entanto por trás o coração pedia a todo instante a destruição de Telêmaco.
Penélope ficou muito feliz com o regresso do seu filho .
O porqueiro voltou para a choupana, relatou o que aconteceu e viu na cidade e no palácio. Lá encontra Ulisses ainda com o traje de pedinte para que o porqueiro não o reconhecesse, assim não correria o risco de sua alegria não conter o segredo.
Telêmaco e Ulisses foram dormir, levando em mente o plano de ir ao palácio no dia seguinte.

Nenhum comentário: